17 de dez. de 2010

O Brasil caiu seis posições e ocupa a 47ª posição no ranking das democracias do mundo  via jornal o estado
O Brasil caiu seis posições e ocupa a 47ª posição no ranking das democracias do mundo, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), braço da revista britânica The Economist. Na edição de 2008 da lista, o Brasil estava em 41º lugar. Agora, está atrás de países como Timor Leste (42º).
Este é o terceiro índice elaborado pela EIU. Os países são ranqueados a cada dois anos. Nesta edição, a tabela reflete a situação mundial em novembro de 2010. São levados em conta cinco tópicos para se elaborar a lista: processo eleitoral e pluralismo; liberdades civis; o funcionamento do governo; participação política; e cultura política.
O Brasil ficou com uma nota geral de 7,12, enquanto em 2008 havia ficado com 7,38. O País recebeu notas elevadas em processo eleitoral e pluralismo (9,58), liberdades civis (9,12) e funcionamento do governo (7,50), mas se saiu mal em participação política (5,0) e cultura política (4,38).
O ranking é liderado pela Noruega, com nota 9,80, seguida por Islândia, Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia. Os EUA aparecem na 17ª posição. O primeiro país das Américas é o Canadá, em 9º, e na América Latina é o Uruguai, em 21º.
Entre os piores do mundo na relação estão a Coreia do Norte (167º), em último, seguida por Chade, Turcomenistão, Usbequistão e Mianmar. Sofrendo com uma guerra desde o fim de 2001, o Afeganistão está em 150º, enquanto a China aparece em 136º. A ilha comunista de Cuba ficou em 121º. Na 107ª posição, a Rússia aparece na categoria das democracias imperfeitas, mas apenas a seis postos do primeiro regime autoritário, Madagáscar (113º).

1 de dez. de 2010

EUA veem 'festival do amor' na relação Lula-Sarkozy -via folha

A diplomacia americana viu com preocupação a estreita relação entre Brasil e França sob as gestões Lula e Nicolas Sarkozy, classificando-a de "festival do amor". Quase literalmente: a popularidade por aqui da primeira-dama francesa, Carla Bruni, seria usada segundo os americanos por Sarkozy para melhorar a relação.
Isso tudo, mais críticas à motivação política do Brasil na concorrência pela escolha dos novos caças da FAB, está descrito em mais um telegrama diplomático vazado pelo site WikiLeaks.
EUA veem 'paranoia' em defesa da Amazônia
EUA avaliam que submarino nuclear é 'elefante branco'
Lula diz que telegramas vazados são 'insignificantes'
Jobim nega ter dito que ministro 'odeia os EUA'
Documentos revelam infiltrações políticas dos EUA em diferentes países
Hugo Chávez está 'louco' e EUA tentaram isolá-lo
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Comente reportagens em nossa página no Facebook
No caso, um informe feito pela Embaixada dos EUA em Paris em 17 de novembro do ano passado, pintando um quadro em que os americanos se mostram incomodados pela crescente aproximação dos dois países nos anos Lula-Sarkozy.
Ao falar de Carla Bruni, o informe diz que houve decepção no Brasil pela ausência da musa na visita ao Brasil de Sarkozy durante o Sete de Setembro. "Carla Bruni não participou da visita mais recente do presidente francês a Brasília, para a decepção do público brasileiro, o qual aprecia bastante o fato de que o primeiro-casal da França geralmente passa férias no país, de acordo com a Embaixada brasileira no país."
"Comentário:", continua a nota, "Nós julgamos que Sarkozy tira toda a vantagem da popularidade individual de Carla Bruni, e da popularidade deles como casal, para promover os interesses nacionais franceses no Brasil".
Ao comentar a compra dos caças, "motivada politicamente" e na qual um competidor americano (o F-18) sai perdendo, o despacho informa que o governo Lula inclinou-se a comprar os 36 novos caças da França.
O modelo Rafale é apresentado como o escolhido porque Sarkozy teria convencido o Brasil de que haveria total transferência tecnológica, algo que não seria possível fazendo negócio com os americanos ou suecos (que usam peças americanas, sujeitas a vetos do Congresso dos EUA em caso de exportação a terceiros).
Lembra que o Rafale também possui algumas peças americanas, mas que esse fato não é levado em conta no Brasil. Por fim, cita funcionários brasileiros que apontaram a vantagem francesa. E lembra que o Brasil tem uma frota ultrapassada de caças, incapazes de defender seu território, e que Venezuela e Chile têm vantagem na área de defesa aérea.
O grande acordo militar fechado no ano passado, de mais de R$ 20 bilhões para a compra de submarinos e helicópteros franceses, é outro ponto de destaque do telegrama. Segundo o texto, a França ajuda o Brasil a cumprir suas "ambições de virar uma potência mundial nas próximas décadas". Afirma que Lula acredita que isso implica a compra de material militar e a capacitação para ter autonomia no setor.
A busca de um assento no Conselho de Segurança da ONU por Brasília, com apoio de Paris, é lembrada. A candidatura da Olimpíada no Rio em 2016 também teve o apoio de Sarkozy lembrado pelos americanos.
Afirma a nota vazada também que Sarkozy e Lula têm grande afinidade pessoal. Citando "diplomatas brasileiros", afirma que eles comentam que os dois líderes olham um para o outro como quem "olha em um espelho". Em contraste, cita um oficial político brasileiro para dizer que o Brasil duvidaria de tal engajamento por parte do presidente americano, Barack Obama.
Como prova da sintonia, lembra a realização do "Ano do Brasil na França" em 2005, e do "Ano da França no Brasil" em 2006, e cita até a tragédia comum do acidente do voo da Air France --que caiu saindo do Rio para Paris em 2009, matando 228 pessoas.
Em sua conclusão, o embaixador americano Charles Rivkin afirma que Sarkozy irá usar a proximidade e os negócios com o Brasil como um exemplo de sucesso em sua própria candidatura à reeleição, em 2012.

Defesa WikiLeaks 

Mãe pede que o fundador não seja perseguido


A pedido dos EUA, Amazon suspende acesso ao WikiLeaks

Gigante da informática concordou em interromper o acesso às páginas do site, segundo senador americano e WikiLeaks

Foro São Paulo