13 de mai. de 2011

Relatório mostra sucateamento das Forças Armadas


Um levantamento reservado com uma detalhada radiografia das Forças Armadas brasileiras mostra o sucateamento do equipamento militar do país. Explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade.
O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.
O levantamento é usado provisoriamente pelo governo, enquanto não é elaborado o chamado “Livro Branco”, que trará, segundo decreto assinado neste ano, todo esse diagnóstico.
O livreto obtido pela Folha tem 76 páginas e traz dados orçamentários, operacionais e de pessoal que são difíceis de encontrar com esse grau de detalhe.
Quando alguém precisa elaborar comparações com outros países, como fez a Folha em sua edição de 20 de fevereiro, a praxe é buscar fontes externas -confiáveis, mas não tão detalhadas.
O documento usado nesta reportagem traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.
O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.
O caso da Marinha é paradoxal. Especialistas consideram a Força a mais bem aparelhada, mas 132 dos seus 318 principais equipamentos estão parados. Metade dos 98 navios está no estaleiro.
A aviação naval é figurativa: apenas 2 de seus 23 caças voam, e só para treino. Isso no fim de 2010 -hoje, só um funciona. O porta-aviões São Paulo ficou anos parado e agora está em testes.
DEFICIÊNCIA CRÔNICA
O Exército contribui para que o resultado geral de disponibilidade de meios atinja ilusórios 68% -isso porque a Defesa coloca na conta as “viaturas sobre rodas”, que basicamente são quaisquer veículos. Dessas, 5.318 das 6.982 estão funcionando.
Dos 1.953 blindados do Exército, só metade está à disposição. Metade dos helicópteros está no chão, isso sem contar a deficiência crônica de defesa aérea, maior fragilidade militar do país.
Por fim, a Força Aérea tem indisponíveis 357 dos seus 789 meios, que incluem 48 lançadores portáteis de mísseis, todos funcionando. O governo avalia ter 85 dos seus 208 caças disponíveis, o que parece algo otimista. Seja como for, a renovação da frota de combate, unificada em um modelo, está postergada novamente por causa de cortes orçamentários.
Fica também explícito um problema que a Estratégia Nacional de Defesa editada em 2008 promete combater.
Na Estratégia, a Amazônia aparece como prioridade do Exército. Só que a disposição das tropas ainda reflete a ideia de que o país um dia poderia entrar em guerra com sua antiga rival, a Argentina, hoje longe de representar uma ameaça militar.
A região Sul concentra 25% das forças terrestres do Brasil, enquanto a área amazônica só tem 13% do efetivo. Outros 23% estão estacionados na área do Comando Militar do Leste, no Rio.
A concentração no Rio também é perceptível no poderio aéreo. Nada menos que um terço do efetivo da FAB está por lá, enquanto a enorme região Norte não soma 15% com dois comandos aéreos separados.
A Marinha também está baseada no Rio, de forma avassaladora: 71% do efetivo está lá. Há planos para criação de uma segunda esquadra no Nordeste e no Norte.
Essa concentração no Rio é uma herança dos tempos em que a cidade centralizava o poder no país.
ASSIMETRIA
A Estratégia critica essa assimetria na disposição geográfica das tropas, mas a mudança depende de vontade política e de recursos cuja justificativa sempre é difícil num país de tradição pacífica e cheio de problemas sociais.
Por fim, o mapa lembra também detalhes do comprometimento financeiro. Em outubro de 2010, o governo gastou quase igualmente com pessoal ativo, aposentados e pensionistas, somando uma folha salarial de R$ 2,9 bilhões naquele mês.
No Orçamento de 2011, antes do corte anunciado recentemente pelo governo, a despesa com pessoal representava 72% do gasto total.
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fonte blog do pannunzio

6 de mai. de 2011

 

Al-Qaeda confirma morte de Osama bin Laden - fonte noticias rpt

 

Al-Qaeda confirma morte de Osama bin Laden
Osama bin Laden foi morto domingo, durante uma operação das forças especiais norte-americanas no Paquistão Khaled Elfiqi, EPA

A Al-Qaeda admitiu a morte do seu líder e ameaçou vingá-lo com a continuidade da “jihad” (guerra santa), como havia sido definido pelo próprio líder da organização. Em comunicado publicado esta sexta-feira em sites islamitas, a organização terrorista fez saber, em comunicado, que irá em breve divulgar uma mensagem gravada por bin Laden sobre as revoltas no mundo árabe.


Bin Laden foi morto “por balas de traição e de apostasia”, confirmou o comando geral da Al-Qaeda, em comunicado datado de terça-feira, dois dias após a intervenção norte-americana na cidade paquistanesa de Abbottabad.

A “liderança geral” da organização promete que “o sangue do combatente Osama bin Laden (…) não foi derramado em vão e será uma maldição para os americanos e os seus agentes, que os perseguirá dentro e fora dos seus países”, em alusão aos Estados Unidos e ao Paquistão.

A confirmação da morte de bin Laden, sob a forma de comunicado colocado em páginas de Internet militantes, dá início à fase de nomeação de um sucessor de Bin Laden. O número dois, Ayman al-Zawahri, é a figura mais proeminente do grupo e muito provavelmente será o sucessor de bin Laden.

Apelo à revolta no Paquistão

A organização promete “sem hesitação ou renitência” dar continuidade “pela via da jihad” à estratégia delineada por bin Laden, criando insegurança entre aqueles que vivem nos EUA. Com este fim, “os soldados do Islão vão continuar, por grupos ou individualmente” a sua luta.

Dirigindo-se ao “povo muçulmano do Paquistão”, a Al-Qaeda pede uma sublevação “para limpar o seu país dos americanos que propagaram a corrupção” e “revolta para limpar esta vergonha infligida por um grupo de traidores e ladrões, que tudo venderam aos inimigos”.

Gravação de bin Laden será lançada em breve
A Al-Qaeda anunciou ainda que pretende difundir “em breve” uma gravação do antigo líder sobre as revoltas no mundo árabe, efetuada uma semana antes da sua morte.

Segundo a organização terrorista, bin Laden congratulava-se e deixou alguns conselhos para a orientação destes países.

Foro São Paulo