22 de ago. de 2011

Muammar Khadafi está há quase 42 anos no poder 
O regime do ditador líbio Muammar Khadafi desmorona-se depois de seis meses de guerra civil com rebeldes que lutam por uma nova liderança no país. Ontem, a rebelião, apoiada pela NATO, chegou ao centro simbólico do poder, a Praça Verde, e houve muitos festejos nas ruas. O líder líbio ainda não foi capturado e os rebeldes cercam a fortaleza de Khadafi na capital.

Muammar Khadafi está há quase 42 anos no poder
 Reacções dos líderes mundiais à entrada dos rebeldes em Trípoli

Catherine Ashton, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros: “Estamos a testemunhar os últimos momentos do regime de Khadafi. Apelo ao Conselho Nacional de Transição e às forças da oposição no sentido de garantir a segurança dos civis, para respeitar integralmente os direitos humanos e a lei humanitária internacional, e para agir com responsabilidade com vista à manutenção da paz e à estabilidade em todo o país.

Barack Obama, presidente dos EUA: “Esta noite, o impulso contra o regime de Khadafi está a chegar a um ponto sem retorno. Trípoli está a escorregar das garras de um tirano. O regime de Khadafi está a revelar sinais de estar a colapsar. O povo da Líbia está a mostrar que a busca universal pela dignidade e pela liberdade é muito mais forte do que o punho de ferro de um ditador.”

Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO: “O regime de Khadafi está claramente a afundar-se. Este é o momento para criar uma nova Líbia, um Estado baseado na liberdade e não no medo, na democracia e não na ditadura, com a vontade de todos e não com os caprichos de qualquer um. A NATO está preparada para trabalhar com o povo líbio e com o Conselho Nacional de Transição, sobre quem recai uma grande responsabilidade.”

Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China: “Estamos a acompanhar os desenvolvimentos na Líbia. A China respeita a escolha do povo líbio. A China espera que a situação estabilize o mais rapidamente possível e que as pessoas possam voltar a viver as suas vidas normalmente. A China está disposta a cooperar com a comunidade internacional, para desempenhar um papel positivo na reconstrução futura da Líbia.”

Nicolas Sarkozy, presidente da França: “O coronel Khadafi deve evitar mais sofrimento inútil ao seu povo, abandonando o que resta do seu poder e chamando de imediato as forças que lhe permanecem leais, para cessar-fogo, largar armas, voltar aos quartéis e para se porem à disposição das autoridades líbias legítimas.”

David Cameron, primeiro-ministro britânico: “É evidente, pelas imagens de Trípoli que estamos a ver, que o fim de Khadafi está próximo. Ele cometeu crimes pavorosos contra o povo da Líbia e tem que resignar, para evitar mais sofrimentos para o seu próprio povo.”

Franco Frattini, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros: “As ofertas de exílio foram feitas várias vezes de forma cada vez mais explícita. Agora o prazo expirou, o único caminho que resta é o da justiça – a justiça do Tribunal Penal Internacional.”

Hugo Chávez, presidente da Venezuela: “Hoje estamos a ver imagens de como os governos democráticos europeus estão praticamente a demolir Trípoli com as suas bombas e o supostamente democrático governo dos Estados Unidos, apenas porque lhes apetece. Hoje largaram não sei quantas bombas e estão a fazê-lo de forma aberta e indiscriminada.”
fonte Publico

Foro São Paulo