Questão do lixo importado
O Brasil importou no ano pasado 201.075 toneladas de
sucata de ferro, aço e alumínio, resíduos de PET em flocos e aparas de
papel."
As sucatas de aço e ferro são importantes pois seu uso reduz as emissões de CO2 e o consumo de água e energia.
Com o sistema deficiente de coleta no país, as empresas trabalham com esse lixo importado para a produção de seus materiais.
Essa sucata vem da Colômbia, Panamá, Malásia, Coréia, Inglaterra e Alemanha.
O grande problema surge quando os contêineres carregam, além do lixo especificado, outros como lixo doméstico e hospitalar.
Segundo
a Receita Federal boa parte do "lixo proibido" , disfarçado de resíduos
para reciclagem, entra no País como aparas de plástico,resíduo têxtil,
de papel e borracha.
Para se ter uma idéia 10 milhões de
toneladas de resíduos são transportadas anualmente, segundo o relatório "
Lixo sem Fronteiras".Dessa quantia 80% é destinada à recuperação e
reciclagem e 20% são destinados à disposição final.
O que é
necessário, agora, é o comprador exigir um grau mínimo de pureza e
especificar a maneira como essa carga deve chegar aqui.
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Lixo hospitalar entra em Pernambuco e se espalha pelo Brasil
Lençóis descartados foram encontrados em um hotel de Timbaúba (PE). A
Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe prepara um
recall de roupas feitas o lixo hospitalar importado pela Império do
Forro de Bolso. leia mais
O vai e vem globalizado do lixo
A demanda por materiais recicláveis e a
necessidade de os países ricos descartar seus resíduos transformam
sucata em produto de importação e exportação
Chegamos a um momento da história em
que a preocupação crescente com o destino do lixo, principalmente nos
países ricos, coincide com o fato de que muitas nações precisam dele
para suas indústrias – no caso, materiais recicláveis como plástico,
aparelhos eletrônicos aposentados e mesmo pneus usados. A questão não
seria um problema se tudo o que chegasse a uma cidade da China, por
exemplo, fosse totalmente reciclável ou não acabasse sendo manipulado
por mulheres e crianças sem nenhuma proteção contra produtos tóxicos
como os presentes em componentes de computador. O que deveria ser
exceção, porém, é normalmente a regra nesses casos.
O transporte de material reciclável é usado
como disfarce para cometer crimes ambientais. Lixo doméstico,
hospitalar e tóxico chega a países pobres sem nenhum tratamento e acaba
despejado em locais inadequados. Esse comércio ilegal ficou evidente
para os brasileiros em junho do ano passado, quando 89 contêineres
chegaram aos portos de Santos (SP) e do Rio Grande (RS). O conteúdo,
cuja documentação dizia se tratar de plástico, na verdade, era
constituído de fraldas sujas a computadores velhos.
Os responsáveis foram multados e o material
teve de voltar para a Inglaterra, que o havia exportado. Normalmente,
porém, não é isso o que acontece. “Em geral, quando uma carga dessas é
presa, há uma briga entre os envolvidos e quem tem de resolver a
situação é o poder público”, diz Marcelo Furtado, diretor-executivo do
Greenpeace Brasil. Ele lembra que desde 1995 o transporte de lixo tóxico
entre países é proibido, como ficou determinado pela Convenção de
Basileia. leia mais
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