Ministra acusa: Justiça sofre com "bandidos de toga"
A corregedora nacional de Justiça, ministra
Eliana Calmon, fez duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa
de uma entidade de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do
CNJ (Conselho Nacional de Justiça). "Acho que é o primeiro caminho para a
impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de
infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em
entrevista à Associação Paulista de Jornais. A matéria é um dos
destaques da edição de hoje (27) da Folha de S. Paulo.
Wanderlei Salvador
O STF deve julgar amanhã (28) ação proposta pela AMB (Associação
dos Magistrados do Brasil) que quer restringir o poder de fiscalização
do CNJ. A associação pede que o CNJ só atue depois de esgotados os
trabalhos das corregedorias regionais.Na entrevista, Eliana Calmon
criticou a resistência dos tribunais a serem fiscalizados pelo CNJ,
citando o TJ de São Paulo.
"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ", disse a corregedora.
Nos últimos dias, magistrados acusados de irregularidades tentaram evitar seus respectivos julgamentos antes de o STF se pronunciar sobre o CNJ. Este, por sua vez, incluiu em sua pauta de discussão onze processos que podem punir magistrados por conduta irregular. Se somados, o CNJ terá mais de 20 casos de juízes investigados na pauta de julgamento neste mês.
Este ano, houve uma guerra velada que colocou em lados opostos Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. O CNJ começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados.
fonte
"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ", disse a corregedora.
Nos últimos dias, magistrados acusados de irregularidades tentaram evitar seus respectivos julgamentos antes de o STF se pronunciar sobre o CNJ. Este, por sua vez, incluiu em sua pauta de discussão onze processos que podem punir magistrados por conduta irregular. Se somados, o CNJ terá mais de 20 casos de juízes investigados na pauta de julgamento neste mês.
Este ano, houve uma guerra velada que colocou em lados opostos Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. O CNJ começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados.
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