O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou nesta segunda-feira que o coronel Muamar Kadafi não deixou a Líbia e o incentivou a resistir aos ataques rebeldes.
“Ninguém
sabe por onde anda Kadafi, mas estou seguro de que está muito longe de
pensar em deixar a Líbia”, declarou Chávez em entrevista ao canal VTV.
“O
que ele tem que fazer é resistir e tomara que esta resistência permita
que se busque o caminho da paz e se derrote o caminho da guerra”,
acrescentou.
Chávez,
principal aliado de Kadafi na América Latina, defendeu o ex-líder líbio
desde o início das revoltas em fevereiro passado, e se opôs às sanções
econômicas e à intervenção da Otan.
Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados
pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do
Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país
em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a
revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para
uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de
cidades estratégicas de leste a oeste.
A
violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU,
que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica
intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da
proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de
combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada
de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque. Na dia 23
de agosto, os rebeldes invadiram e tomaram o complexo de Bab al-Aziziya,
em que acreditava-se que Kadafi e seus filhos estariam se refugiando,
mas não encontraram sinais de seu paradeiro. De acordo com o CNT, mais
de 20 mil pessoas morreram desde o início da insurreição. fonte plano brasil