Estatísticas sobre Acidentes de Trânsito no Brasil fonte
Em www.denatran.gov.br encontram-se estatísticas relativas ao período 1.999-2005, aparecendo, em 2005, lado a lado, os dados do DENATRAN e os do Ministério da Saúde, apurados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade-SIM. A diferença entre eles é muito maior do que se esperaria pelo fato dos dados do DENATRAN considerarem somente os mortos no local. Por exemplo, na Cidade de Curitiba, registra-se pelo DENATRAN um número de mortos no local como tendo sido 91, e pelo Ministério da Saúde, 431, ou seja, quase cinco vezes mais. Também em Maceió, a diferença é notável: 36 pelo DENATRAN e 191 pelo Ministério de Saúde. Portanto, mais de cinco vezes. Na Cidade de São Paulo os dados do DENATRAN são praticamente iguais: 1505 e 1534, ou seja, a diferença é de 2%. É estranho o caso do Rio de Janeiro, em que os mortos no local registrados pelo DENATRAN são 818 e pelo Ministério da Saúde, quase metade disso: 448. O total para o Brasil, em 2005, foi estimado pelo DENATRAN em 25.427 e pelo Ministério da Saúde, em 34.381, ou seja, 35,2% a mais.Nessa situação é difícil se ter uma idéia clara dos resultados de diferentes medidas e ações visando a reduzir os mortos e feridos no trânsito, em que pedestres atropelados constituem uma parcela significativa. As 6.303 mortes por atropelamento no País, registradas pelo DENATRAN, num total de 25.427 mortos, correspondem a, aproximadamente, 25% do total. Se aplicada essa porcentagem ao total maior registrado pelo Ministério da Saúde, esse número cresceria para 8.522. Se usarmos esses dados como referências de um intervalo, podemos afirmar que o número de mortes em atropelamento no Brasil varia entre 6.303 e 8.522. Um número muito alto para nossa população e frota de veículos. Os EUA, com uma população bem maior que a nossa - 300 milhões e 180 milhões, respectivamente, - e frota mais de cinco vezes a brasileira, registra menos de 5.000 pedestres mortos em atropelamentos, correspondendo a, aproximadamente, 10% do total de mortes.