10 de nov. de 2010

A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (10), uma operação de combate a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público na Bahia. A Operação Carcará, como é chamada, ocorre em conjunto com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal.
A ação pretende cumprir, segundo a PF, 82 mandados de busca e apreensão e 46 mandados de prisão. Há prisões decretadas para prefeitos, servidores públicos municipais e empresários.

De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações, foram encontradas irregularidades em 20 cidades baianas, apontando para a suspeita de desvio de verbas da União destinadas à aquisição de medicamentos, merenda escolar e execução de obras públicas. O montante envolvido nos contratos fraudados chega a R$ 60 milhões, segundo estimativa da CGU.

No centro das investigações está a empresa Sustare Distribuidora de Alimentos, com sede no município de Itatim (BA). A companhia é de propriedade de Edison dos Santos Cruz, que está preso preventivamente. Segundo a PF, ele também controlaria outras empresas envolvidas no esquema. (Veja)

A Sustare fornece deveria fornecer merenda escolar para cidades baianas; mas, segundo a PF, as prefeituras investigadas fraudavam licitações, utilizavam notas frias e, em alguns casos, sequer recebiam o produto adquirido. O valor desviado era repartido entre empresários, servidores públicos e prefeitos.

Numa entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, o delegado Cristiano Sampaio revelou os nomes dos cinco gestores que foram presos numa operação contra corrupção em 21 prefeituras baianas. Os presos são
- Antônio Miranda Júnior, o Sinho (PMDB), de Aratuípe;
- Ivanilton Oliveira Novais (PSDB), de Cafarnaum;
- Raimunda Silva dos Santos, a Mundinha (PSDB), de Itatim;
- Everaldo Caldas (PP), de Elísio Medrado; e
- Marcos Airton Alves Araújo, o Marcão (PR), de Lençóis.
A polícia ainda caça dois prefeitos que conseguiram fugir das garras da Operação Carcará. O esquema de desvio de verbas públicas em prefeituras baianas, conforme a polícia, era pilotado pelo empresário Edson Cruz

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